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Menos de 14% das crianças de até 3 anos vão a creches, diz IBGE

22/03/2006 

JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A pesquisa "Aspectos Complementares da Educação 2004", realizada a partir dos dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), mostra que menos de 14% das crianças de 0 a 3 anos de idade estavam em creches. De um total de 11,5 milhões apenas 1,5 milhão freqüentava creche. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A região Norte apresentou a maior parcela de crianças nessa faixa etária fora de creches, 94,3%. As regiões Sul (81,5%) e Sudeste (83,8%) tiveram os menores percentuais de crianças fora destes estabelecimentos.

Segundo a pesquisa, a taxa de escolarização e a freqüência em creches estão diretamente ligadas ao rendimento mensal domiciliar per capita. Nos domicílios com rendimento mensal per capita de até um quarto do salário mínimo, 16,8% das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos não freqüentavam a escola, enquanto entre os que ganhavam mais de dois salários mínimos, o percentual caiu para 3,3%.

Entre as crianças até três anos que não freqüentavam creches, o percentual era de 91,6% para as famílias com rendimento mensal per capita de até um quarto do salário mínimo e de 69,1% para os que ganhavam mais de dois salários mínimos.

A rede pública de ensino atendia a grande maioria dos estudantes de 0 a 17 anos de idade (quase 84%). O ensino fundamental era o nível com o maior contingente de estudantes em estabelecimentos da rede pública (88,2%), seguido do ensino médio (79,5%), do pré-escolar (72,5%) e da creche (57,1%).

Entre as crianças que freqüentavam creche, o destaque ficou por conta do percentual de crianças atendidas pela rede privada, de 42,9%. No Nordeste, o percentual de crianças que freqüentavam creche na rede privada alcançou 50,0%, o maior entre as regiões.

Freqüência

A análise da freqüência escolar de 4 a 6 anos, de 7 a 14 anos e de 15 a 17 anos, referente a crianças e adolescentes que deveriam estar curando o pré-escolar, os ensinos médio e fundamental, mostra que a região Norte possui o maior percentual de pessoas fora da escola. Na faixa de 4 a 6 anos, 42,1% não freqüentam a escola, de 7 a 14 anos o percentual sobe para 5,1% e na faixa de 15 a 17 anos chega a 21,4%.

A região Sudeste apresentava o menor percentual de pessoas fora da escola nas faixas de 7 a 14 anos (1,9%) e de 15 a 17 anos (14,6%).

A taxa de escolarização feminina superou a masculina tanto no pré-escolar como nos níveis de ensino fundamental e médio. A exceção foi a região Norte onde há mais homens do que mulheres na faixa de 15 a 17 anos na escola. Nas regiões Sul e Sudeste existem taxas semelhantes para homens e mulheres com idade entre 7 e 14 anos.

Permanência

A pesquisa constatou também diferenças entre o tempo de permanência na escola nas redes pública e privada. Na rede privada, 31,6% dos estudantes do pré-escolar, 56,3% do ensino fundamental e 71,9% do ensino médio permaneciam mais de 4 horas diárias na escola. Já na rede pública, esses percentuais caem para 29,0%, 38,5% e 49,0%, respectivamente.

Nas creches ocorre o contrário. O percentual de crianças que ficavam mais de quatro horas diárias na creche era de 62,3% na rede pública e de 41,05 na rede particular.

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