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Funcionários da USP programam greve para junho; interior paralisa serviços

26/05/2006 

TATIANA FÁVARO
da Folha Online
JULIANA COISSI
da Folha Ribeirão

O Fórum das Seis --organização que representa 15.500 funcionários e 4.500 professores de três universidades estaduais paulistas-- aprovou na noite de quinta-feira (25) um indicativo de greve por tempo indeterminado na USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Segundo informou o diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Magno de Carvalho, os funcionários e professores de ao menos 20 campi farão assembléias para formalizar a greve, marcada para começar entre 5 e 9 de junho.

Com a paralisação, 70 mil alunos do Estado poderão ficar sem aulas, por tempo indeterminado.

Os funcionários pedem 7% de reajuste, política de reposição de perdas salariais de 62% e repasse de 11,6% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). As universidades, representadas pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), oferecem reajuste de 0,75% em maio e 1,79% em setembro.

No ano passado, a universidade deu 7,9% de reajuste aos funcionários. A próxima rodada de negociações está marcada para o dia 1º. Por meio de assessoria de imprensa, a reitoria da USP informou que se há reunião, há negociação.

Protestos

Nesta quinta-feira, entre as 13h e 17h, funcionários e estudantes fizeram um protesto em frente à reitoria da USP, na cidade universitária do Butantã (zona oeste de São Paulo). "Claro que queremos manter nossos empregos, mas nossa greve é menos por salário e mais por um repasse maior de verbas para a universidade", afirmou Carvalho.

O Sintusp vai organizar, para o mês que vem, uma manifestação para pressionar governo e assembléia legislativa, para repasse maior de verbas para as universidades paulistas. Em junho, a Assembléia Legislativa vota a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) do município.

A previsão de arrecadação de ICMS para este ano é, segundo informações da Secretaria de Estado da Fazenda, de R$ 40,9 bilhões. Atualmente, as universidades paulistas recebem 9,5% do total arrecadado.

No interior

Com exceção de Jaboticabal (344 km a noroeste de São Paulo), todos os campi da Unesp e da USP na região de Ribeirão Preto tiveram serviços suspensos nesta quinta-feira --não funcionaram restaurantes, creches, biblioteca e o atendimento médico. Sem adesão dos professores, as aulas seguiram normalmente nas unidades.

Para a aluna de fonoaudiologia da USP Ribeirão Gislaine Dedemo, 28, a falta de adesão de docentes e alunos enfraquece o protesto dos servidores. "Um movimento forte precisa do apoio de todos. Muitos funcionários aproveitam para ficar em casa."

Único professor a participar da assembléia da USP Ribeirão, Marcos Cassin, do Departamento de Psicologia e Educação, disse que não houve reuniões entre docentes "para organizar e definir uma mobilização", o que, em sua visão, influencia nas negociações. "Quem consegue acumular mais forças, tem margem de negociação maior."

A reitoria da USP ofereceu na quarta reajustes no auxílio-alimentação (21,33%), auxílio-creche (13,49%) e vale-refeição (33,33%), mas o conselho de reitores das universidades estaduais manteve a proposta de 0,75% de aumento do salário em junho e mais 1,79% em outubro --a categoria quer 7%.

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