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Cota chega a 50% nas públicas em SP

27/02/2007 

da Folha de S.Paulo

A dúvida entre engenharia e direito Cláudia Nascimento Prestes Medeiros, 20, resolveu na ponta do lápis. Calculou os custos que teria com transporte e mensalidade em duas das três faculdades em que foi aprovada e optou pela federal.

Moradora de Diadema (região metropolitana de São Paulo) e ex-aluna de escola pública, Cláudia começou a assistir às aulas de ciência e tecnologia na UFABC (Universidade Federal do ABC) há um mês. Ela planeja seguir a faculdade cursando bioengenharia.

Sobre o processo de seleção da UFABC, que destina 50% das 1.500 vagas para estudantes oriundos de escolas públicas, Cláudia aprova. "Já que não tivemos oportunidade antes, com esse sistema de seleção agora pelo menos temos as nossas chances igualadas", avalia.

Das 750 vagas, 204 (27,2%) são destinadas a negros e pardos e 2 (0,25%) para indígenas --percentual proporcional ao dessas etnias na população do Estado de SP, segundo o IBGE.

"As cotas foram um grande atrativo a alunos de ensino público numa proporção de 3 candidatos de escola pública para 1 de particular, mais de seis vezes o observado na UFSCar [Universidade Federal de São Carlos], que foi de 0,43 para 1, por exemplo", diz Armando Zeferino Milioni, pró-reitor de pós-graduação da UFABC.

Vestibular 2008

Na UFSCar, onde só 19% dos 1.445 convocados da primeira lista de aprovados vieram da escola pública, o programa de cotas começa em 2008.

Até 2010, 20% das vagas serão para egressos do ensino público, sendo que 35% serão destinadas a negros. De 2011 a 2013, a cota sobe para 40% e de 2014 a 2016, para 50%. Depois, haverá apreciação para decidir o passo seguinte. Para indígenas, cada curso terá uma vaga disponível. "Estudamos aplicar um vestibular específico para eles", explica Maria Cristina Comunian Ferraz, coordenadora do vestibular da UFSCar.

Na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o programa de cotas funciona desde 2005. A diferença é que os 10% de vagas reservadas vão primeiro para estudantes de escola pública que se declarem negros ou indígenas. Alunos do ensino público que não fazem a declaração sobre cor de pele, mas optam pelas cotas, concorrem às vagas remanescentes.

"O desempenho acadêmico deles é indistinguível dos demais estudantes", explica o pró-reitor de graduação da Unifesp, Luiz Eugênio Mello. Outra constatação é que aqueles com renda familiar menor que R$ 500 não prestam o vestibular. "Existe uma auto-exclusão", diz.

Saiba mais

A relação de instituições que oferecem bolsa pelo ProUni pode ser consultada no site - www.mec.gov.br/prouni

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