O ministro da Educação, Tarso Genro, participou da abertura do 29º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que será realizado de 12 a 15 deste mês, no auditório central da Academia de Tênis, em Brasília. A Necessidade de Aumentar o Financiamento à Educação é o tema central do evento.
Até o próximo sábado, os congressistas discutirão, ainda, a Reforma Sindical e Funcionalismo Público; Conjuntura Internacional e Nacional; Políticas Educacionais, Sindicais e Estatuto da CNTE, entre outros. Durante o congresso, a entidade pretende lançar a Campanha Nacional pela Conversão da Dívida Externa em Recursos para a Educação. Os representantes dos 35 sindicatos filiados à confederação também vão eleger a nova diretoria da entidade e estabelecer as bases políticas de atuação para o próximo mandato, com duração de três anos.
Ao discursar, Tarso Genro lembrou aos presentes que a consciência política do movimento social é a mesma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que a agenda da CNTE é igual à do MEC. É “a agenda do refinanciamento estratégico da educação de base no Brasil, por meio de um novo fundo que proporcione o ingresso de recursos vinculados, para que os agentes públicos possam ter previsibilidade no planejamento da questão educacional”, disse o ministro.
A presidente da CNTE, Jussara Dutra Vieira, afirmou que a entidade defende a conversão do serviço da dívida externa em investimentos para a educação por entender que a proposta, além de eleger os recursos para o setor – contribuindo para a melhoria da qualidade da educação –, compensa parcialmente uma injustiça histórica, cometida ao longo de décadas. “À visão meramente legalista, segundo a qual, dívida é dívida e deve ser paga inquestionavelmente, contrapõe-se a necessidade de credores e devedores terem responsabilidade social global, a fim de contribuírem para a estabilidade econômica e política, bem como para o progresso científico e social”, disse Jussara.
Além do ministro Tarso Genro, também fizeram parte da mesa de abertura os representantes Elie Jouen, da Internacional da Educação (IE); Célio da Cunha, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); João Felício, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Clarice Santos, do Setor de Educação da Via Campesina de Mato Grosso; Marcelo Gavião, presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes); e Gustavo Petta, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
O congresso conta, ainda, com vários convidados internacionais, como Elie Jouen, secretário-geral adjunto da IE da Costa Rica; Combertty Rodríguez Garcia, da IE da América Latina; Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores de Portugal (Fenprof); José Campos Trujilo e Rosário Rizo Martín, da Federación de Enseñanza da Espanha; Gabriel Caldenttey Ramos, da Confederación de STEs-Intersindical da Colômbia; Glória Inês Ramirez, da CUT da Colômbia, entre outros.
Repórter: Sonia Jacinto
