Na abertura da terceira etapa de inscrições do Programa Universidade para Todos (ProUni), o ministro da Educação, Tarso Genro, destacou hoje, 12, que a média dos estudantes pré-selecionados nas duas primeiras fases foi de 61,3 pontos, superando a nota de corte de 45 pontos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) determinada pelo ministério. “É uma média superior à que nós esperávamos”, disse.
Na divulgação da avaliação parcial do ProUni, o ministro chamou a atenção para a ocupação das vagas dos “cursos nobres” onde estão direito, medicina, ondontologia e as engenharias. O grau de ocupação de vagas para as bolsas integrais no curso de direito atinge 97,88%; nas engenharias, 99,44%; e na medicina e odontologia, 100%. Já no caso das bolsas integrais de cotas para afrodescendentes e indígenas, a porcentagem de ocupação se modifica para baixo: direito, 89%; engenharias, 90,4%; medicina, 97,17; odontologia, 97,42.
Bolsas parciais – Para esse mesmo grupo de cursos, o levantamento do MEC mostra que as bolsas parciais de 50% foram preenchidas de forma semelhante às integrais: direito, 97,24%; engenharias, 99,60%; medicina e odontologia 100%. Quando a avaliação é feita sobre o preenchimento das bolsas parciais na política de cotas os números se modificam bastante: direito, 48,66% de ocupação; engenharias, 58,90%; medicina 55%; e odontologia 41,67%. Na próxima semana, o MEC deverá divulgar o número de professores das redes públicas da educação básica já selecionados no programa.
Avanços – O ministro Tarso Genro informou que entre os avanços mais significativos obtidos até agora pelo ProUni está o aumento do ingresso de afrodescendentes na universidade. Hoje, disse, as universidades públicas e particulares têm em seus cursos 25% desses alunos e só o ProUni, nas duas primeiras fases de seleção, já assegurou o ingresso de 35% de afrodescendentes, o que corresponde a 40,3% do total, índice que, ao final da terceira etapa de seleção, deverá atingir 60,4%.
Embora estejam abertas as inscrições do ProUni até o dia 19, com a oferta de 16.575 vagas, das quais 12.786 são para a política de cotas, o MEC já estuda formas de preencher as possíveis vagas remanescentes dessa última fase do processo. Entre as possibilidades, está usar a média das notas do ensino médio para alunos que não fizeram o Enem e assim preencher as vagas das licenciaturas e pedagogia, por exemplo, além de outras áreas de interesse para o desenvolvimento regional. “Mas o MEC não abre mão do critério da qualidade”, diz Tarso Genro.
Repórteres: Sandro Santos e Ionice Lorenzoni
