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Tarso debate reforma universitária com professores gaúchos

14/01/2005 

O ministro da Educação, Tarso Genro, reuniu-se hoje, 14, com 30 professores de universidades públicas do Rio Grande do Sul. O objetivo da reunião, realizada na sala da Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa, foi debater a reforma universitária. Tarso Genro considerou positiva a reunião com os professores das universidades públicas do Rio Grande do Sul. "Já levamos muitas contribuições importantes daqui, como a preocupação imediata com o quadro de carreira, uma definição melhor do conceito de autonomia e os vínculos da universidade com o desenvolvimento científico e tecnológico. Após ouvir a reivindicação do grupo de docentes, o ministro afirmou que será possível ampliar o prazo sobre as discussões da reforma do ensino superior. Se este for um pedido do meio acadêmico, podemos flexibilizar a data de encerramento do debate, prevista para 15 de fevereiro.

O encontro do ministro com os professores foi mais um entre as diversas reuniões promovidas pelo MEC, visando abrir espaços para a discussão entre os professores, para que os mesmos apresentem propostas, critiquem ou manifestem sua opinião sobre o andamento da reforma do governo federal. Segundo ele, a reunião de hoje trouxe contribuições positivas para a reforma. "Existe uma unidade deste grupo de professores, de que a reforma é necessária e que as propostas do MEC são sérias. O governo está aberto para mudar pontos que a academia considera fundamental, no sentido de dar qualidade para a universidade pública, de promover a sua expansão e de vinculá-la a um projeto de desenvolvimento para o país", explicou o ministro.

Acompanhado de dirigentes do MEC, como o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior (Capes), Jorge Guimarães, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Eliezer Pacheco, o secretário executivo adjunto, Jairo Jorge, e a assessora especial e secretária executiva da Reforma, Maria Eunice Araújo, o ministro ouviu os que quiseram se pronunciar e respondeu a todos, das 11h às 13h40.

Entre os presentes estavam o vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pedro Dutra Fonseca; o pró-reitor de Extensão, Antonio Guimarães; o ex-reitor Hélgio Trindade; a cientista política Celi Pinto; os professores Luís Oswaldo Leite, Sergio Bampi, Léo Hartman, Lívio Amaral, Maria Beatriz Luce e Mercedes Canepa, que foi saudada com aplausos quando o ministro anunciou sua indicação para ser representante da universidade gaúcha na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O reitor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Luiz Augusto Campis, e o professor da Universidade de Santa Cruz, João Pedro Schmidt, também participaram do encontro.

O reitor da Unisc disse que o anteprojeto é muito importante para o avanço do país: "Alguns querem autonomia para ganhar dinheiro e nós defendemos um projeto que garanta a qualidade para o ensino público". Hélgio Trindade lembrou que esta é a primeira reforma que se faz na República e que ela não pode ser feita com apatia, sem participação e visando à defesa de interesses específicos. "É preciso ver este processo com otimismo. No começo, eram todos contrários, a imprensa e muitos segmentos da sociedade. Aos poucos foram se desmistificando a reforma e o ProUni, por exemplo", afirmou.

O secretário executivo adjunto do MEC, Jairo Jorge, lembrou de questões importantes realizadas pelo ministro Tarso Genro, como a democratização ao acesso, o trabalho do governo visando à qualidade e à valorização do ensino público e o combate ao mercantilismo. Ele convidou os professores a uma reflexão profunda sobre o momento em que vive o país: "Sem base social, este projeto não se viabilizará e as elites conservadoras, os setores privados, vão continuar atrasando este processo de desenvolvimento. A universidade precisa tomar para si este movimento”. Jairo Jorge lembrou, ainda, que este é um primeiro momento reservado às discussões e que num segundo momento haverá uma consulta pública, proporcionando um debate ainda mais rico.

A intermediação do encontro foi feita pelo deputado estadual Adão Villaverde (PT), que destacou a importância da reunião para conferir o atual momento do processo, a disponibilidade do MEC para debater o assunto e a qualidade das manifestações dos pesquisadores e professores que se pronunciaram.

Repórter: Alexandre Costa

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