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Ministro dá início ao processo de extensão da UFSM a Frederico Westphalen

14/01/2005 

O ministro da Educação, Tarso Genro, confirmou na noite de ontem, dia 13, em reunião no Colégio Agrícola de Frederico Westphalen (Rio Grande do Sul), que o MEC pretende fazer a extensão, ao município, do campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tarso Genro designou como responsáveis pelo processo o diretor do Departamento de Política do Ensino Superior do MEC, Godofredo Oliveira, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), Eliezer Pacheco.

Cerca de 800 pessoas, entre as quais deputados, prefeitos, vereadores, empresários e lideranças da região do Alto Uruguai participaram do encontro. O ministro revelou que pretende reunir as lideranças da região, em fevereiro, para ouvir suas reivindicações. “A universidade pública deve estar permanentemente atualizada e articulada com o desenvolvimento regional e local. É fundamental que os cursos estejam relacionados com as perspectivas de desenvolvimento de cada região”, explicou Tarso Genro.

O reitor da UFSM, Paulo Jorge Sarkis, classificou a iniciativa como o reflexo de um novo momento do Brasil. “Estamos entrando numa fase de expansão do ensino público. A idéia é identificar os cursos que a região necessita. A universidade vai oferecer a estrutura, um centro, com laboratório, com cursos a serem indicados pela região”, afirmou Sarkis.

Fundada em 1960, a UFSM é formada por oito unidades universitárias. A instituição mantém 56 cursos de graduação e 48 de pós-graduação. São 24 de mestrado, 11 de doutorado e 13 de especialização. Oferece, ainda, ensino médio e tecnológico nos colégios agrícolas de Santa Maria e de Frederico Westphalen e no Colégio Técnico Industrial de Santa Maria.

Exclusão – Tarso Genro disse que a universidade deve estar presente no processo de combate à exclusão e cumprir função de relevância na sociedade, “aliando aspectos técnicos, políticas sociais e projetos científicos e tecnológicos”. O ministro reforçou a intenção de ampliar a universidade pública. “Até 2011, pretendemos que a universidade pública ocupe 40% das vagas. Hoje, ela ocupa pouco mais de 20%. Em um ano, recuperamos 75% das perdas de custeio que as universidades públicas tiveram nos últimos dez anos.”

O prefeito de Frederico Westphalen, Luiz Carlos Stefanello, ressaltou a importância da extensão do campus. “Teremos condições de manter os jovens aqui. Começamos a projetar crescimento para a região”, disse.

Ao encerrar o encontro, o ministro salientou que o momento da educação no país, em que se discute a reforma universitária, revela a tensão social que o governo federal está vivendo, com a necessidade da ampliação do ensino público, gratuito e de qualidade. “Houve uma espécie de neoliberalismo radicalizado em relação à educação do Brasil, não só porque ele reduziu os recursos da universidade pública, mas porque desregulamentou o processo de implantação de cursos privados”, afirmou. “Temos um sistema público e um sistema privado, que cumpre funções importantes, e um sistema privado que não tem nada com educação, que comercializa diplomas. Estamos fechando as instituições de picaretagem.”

Repórter: Alexandre Costa

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