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Universitários do Projeto Rondon conhecem diversidade indígena

19/01/2005 

Cerca de 200 estudantes de 40 instituições públicas e particulares de ensino superior que participam da retomada do Projeto Rondon, a partir de hoje, 19, em Tabatinga, no extremo oeste do Amazonas, conhecerão a diversidade socioeconômica e cultural de 32 povos indígenas que habitam a área, além da realidade de migrantes, principalmente do Nordeste e Pará.

Entre os 11 municípios do Amazonas que vão receber os alunos, sete têm população indígena expressiva. Dados do IBGE e da Fundação Nacional de Saúde, relativos a 2003, revelam que dos 173.473 habitantes destes municípios – Atalaia do Norte, Benjamim Constant, Eirunepé, Santa Izabel do Rio Negro, Santo Antônio do Iça, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga – 52.252, ou seja, 30,1% da população, são indígenas. Além da diversidade da população, os universitários vão encontrar interação e troca comercial com vilas e povoados colombianos e peruanos que fazem divisa por terra ou por água com esses municípios pelos rios Negro, Solimões, Javari e Juruá.

Segundo o coordenador da Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kleber Gesteira, os mais de 50 mil indígenas que serão pesquisados pertencem aos povos Matis, Mayoruna, Marubo, Kulina, Kanamari, Tukúna, Yanomami, Baré, Tukano, Baniwa, Maku, Kokama, mas a região tem ainda povos isolados.

Na região do Alto Rio Negro, convivem 23 povos com idiomas de quatro famílias lingüísticas: Tukano Oriental, Aruák, Maku e Yanomami. A população se distribui em 800 assentamentos ao longo dos rios e na sede dos municípios. São oito terras indígenas reconhecidas e homologadas até 1998, que formam uma área de 106 mil quilômetros quadrados. Ali são falados cerca de 20 idiomas. O complexo cultural do Alto Rio Negro, explica Kleber, se caracteriza pelo sistema de casamentos interétnicos, o que possibilita aos indivíduos a compreensão e a fala de três ou mais línguas.

Censo – Pelos números do Censo Escolar 2004 colhidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nos sete municípios estudam 22.047 indígenas, dos quais 2.175 na educação infantil; 16.989 no ensino fundamental; 469 no ensino médio; e 2.414 na educação de jovens e adultos. São 650 professores, sendo que 350 são ticunas. A menor oferta escolar entre os municípios está em Santa Izabel do Rio Negro. Lá, mais de 77% da população é indígena, mas apenas 410 estudantes estão matriculados em escolas indígenas.

Repórter: Ionice Lorenzoni

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