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Braile para professores

27/01/2005 

Rio Grande do Norte, Maranhão, Goiás, Pará e Espírito Santo são os estados contemplados este semestre com cursos de braile para professores da rede pública municipal e estadual de ensino básico. Os cursos serão ministrados a partir do dia 28 de fevereiro, nas capitais, a 150 professores, indicados pelas secretarias estaduais e municipais de educação. A iniciativa é da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), em parceria com a União Brasileira de Cegos (UBC).

Com a formação dos professores, alunos cegos poderão aprender as disciplinas em braile, método criado na França, em 1824, por Louis Braille, utilizado universalmente na leitura e na escrita por pessoas cegas. “Se os alunos cegos ficam em sala de aula apenas como ouvintes, eles não fazem as anotações e não aprendem as disciplinas”, disse Maria Glória Batista da Mota, consultora da Seesp. Segundo ela, as secretarias de educação estão selecionando os professores com base nos dados do censo escolar, de forma a dar prioridade aos municípios que apresentem maior demanda.

No Brasil, apenas 8.642 alunos cegos estão matriculados no ensino básico da rede pública, onde estudam 55.265.848 pessoas, de acordo com o censo de 2003 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). Há estados em que não há alunos cegos matriculados no ensino público. Em Roraima, por exemplo, de acordo com o censo escolar de 2003, havia apenas um aluno com deficiência visual matriculado na rede pública. No Amapá, eram apenas nove alunos, enquanto o Paraná tinha, naquele ano, 1.973 alunos cegos na rede pública. Em São Paulo, eram 1.294; na Bahia, 573 e no Pará, 497.

Desde 2002, a Seesp oferece cursos de braile às secretarias de educação, já realizados em dez estados. As cinco unidades federadas nas quais se realizarão os cursos deste semestre serão contempladas pela primeira vez. Há a proposta de estendê-los ainda neste governo aos demais estados.

Outra iniciativa da Seesp é o curso específico de revisão de textos em braile, a ser oferecido a 50 professores cegos, entre 28 de fevereiro e 10 de março, no Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro. Mais informações pelos telefones (61) 2104-8642, 2104-8552 e 2104-9259.

Repórter: Susan Faria

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