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Movimento negro apóia reforma universitária

14/02/2005 

O ministro da Educação, Tarso Genro, recebeu hoje, 14, a secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir/PR), ministra Matilde Ribeiro, que, acompanhada de representantes de entidades do movimento negro brasileiro e do conselho colegiado da Seppir, entregou um manifesto de apoio à reforma da educação superior.

Segundo a ministra Matilde Ribeiro, “o manifesto é um olhar das várias entidades e instituições da sociedade que compõem o conselho”. No documento, o movimento negro apóia a reforma universitária, “considerando ser de fundamental importância à consolidação do sistema público e a implementação de um marco regulatório que confira organicidade à educação superior no país”.

O texto cita a necessidade de criar condições para a expansão de vagas com garantia de qualidade e inclusão social, a superação das desigualdades sociais, regionais, étnicas e raciais, assim como a importância da universidade como instrumento para o desenvolvimento e construção de um projeto de nação.

Conselho - Além dos ministros, participaram da reunião representantes de entidades e instituições da sociedade que compõem o conselho colegiado, como: Agentes de Pastorais Negros (APN); Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras; Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN); Associação Nacional dos Coletivos de Empresários Afro-Brasileiros (Anceabra); Confederação Israelita do Brasil; Congresso Nacional Afro- Brasileiro (CNAB); Coordenação Nacional das Entidades Negras (Conem); Coordenação Nacional de Quilombos (Conaq), entre outras.

Para o presidente da Anceabra, João Bosco de Oliveira Borba, “somos 45% da população brasileira, 74% dos 25 milhões de indigentes do país e apenas 2,4% dos alunos das instituições federais de ensino superior. Vivemos uma exclusão histórica mais cruel do que o período do apartheid na África do Sul”. “É importante lembrar que estamos construindo um país com a participação de todos e para todos e é nas universidades que estão sendo formados os planejadores e gestores do nosso futuro comum. Para promover mudança é preciso coragem”, enfatizou.

De acordo com o presidente da ABPN, Nelson Fernando Inocência da Silva, “nossa postura é de apoio à iniciativa do Ministério da Educação. Outras considerações sobre a proposta de reforma em debate são passíveis de discussão e aprofundamento, mas consideramos a proposta um avanço para as conquistas do movimento negro brasileiro e sobre isso não podemos retroceder”.

Segundo o ministro Tarso Genro, “vamos continuar com o debate amplo da reforma apresentada na versão preliminar do anteprojeto. O próprio nome indica o caráter democrático e participativo para produzir uma reforma que corrija distorções históricas e possibilite a expansão da qualidade do ensino superior brasileiro. Afirmar que promover a inclusão de negros e pobres nas universidades brasileiras ameaça a qualidade do ensino é, no mínimo, uma manifestação preconceituosa”.

Repórter: José Leitão

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