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Greve afeta serviços em campi da USP e da Unesp na região de Ribeirão |
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25/05/2006 |
JULIANA COISSI
da Folha Ribeirão
Com exceção de Jaboticabal, todos os campi da Unesp e da USP na região tiveram serviços suspensos hoje pela paralisação de um dia dos servidores --não funcionaram restaurantes, creches, biblioteca e o atendimento médico. Sem adesão dos professores, as aulas seguiram normalmente nas unidades.
Na USP em Ribeirão, a greve afetou a entrega de animais a pesquisas --o biotério (que abriga as cobaias) funcionou apenas em esquema de plantão. Os servidores distribuíram panfletos sobre o ato nas portarias da universidade e do Hospital das Clínicas, o que provocou congestionamento no início da manhã.
Em São Carlos, apenas os serviço essenciais na USP funcionaram. Como em Ribeirão, paralisaram a creche, o refeitório e a biblioteca. As atividades também foram suspensas no centro médico e em alguns laboratórios.
Na Unesp de Araraquara, a maior mobilização foi na Faculdade de Ciências e Letras, em que 90% dos 170 funcionários interromperam os trabalhos, segundo o sindicato.
A rotina de consultas e outros serviços odontológicos à população se manteve. Em Franca, os servidores da Unesp fecharam o restaurante e a biblioteca. O atendimento à população no HC e no Hospital Veterinário de Jaboticabal foi normal.
Para a aluna de fonoaudiologia da USP Ribeirão Gislaine Dedemo, 28, a falta de adesão de docentes e alunos enfraquece o protesto dos servidores. "Um movimento forte precisa do apoio de todos. Muitos funcionários aproveitam para ficar em casa."
Único professor a participar da assembléia da USP Ribeirão, Marcos Cassin, do Departamento de Psicologia e Educação, disse que não houve reuniões entre docentes "para organizar e definir uma mobilização", o que, em sua visão, influencia nas negociações. "Quem consegue acumular mais forças, tem margem de negociação maior."
A reitoria da USP ofereceu na quarta reajustes no auxílio-alimentação (21,33%), auxílio-creche (13,49%) e vale-refeição (33,33%), mas o conselho de reitores das universidades estaduais manteve a proposta de 0,75% de aumento do salário em junho e mais 1,79% em outubro --a categoria quer 7%.
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