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Programa Tec Nep capacita professores em Natal

26/11/2004 

Técnicos do Ministério da Educação realizam até amanhã, dia 27, em Natal, a capacitação de professores da rede federal de educação profissional e tecnológica da Região Nordeste para o ensino de pessoas com necessidades especiais. A capacitação, de 180 horas, faz parte do programa Educação, Tecnologia e Profissionalização para Pessoas com Necessidades Especiais (Tec Nep). O trabalho será realizado no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), com 63 professores dos Cefets e das escolas agrotécnicas federais. Este será o último curso de 2004. Já foram capacitados este ano profissionais de todas as regiões em cursos ministrados em Belo Horizonte, Florianópolis e Belém.

O Programa Tec Nep visa à inserção das instituições federais de educação tecnológica no atendimento a pessoas com necessidades educativas especiais nos cursos básico, técnico e tecnológico, em parceria com os sistemas estaduais e municipais. Desenvolvido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), o Tec Nep resulta de parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos e com o Instituto Benjamin Constant, que atende deficientes visuais.

A capacitação prevê orientações sobre legislação brasileira e ensino dirigido a pessoas com deficiência auditiva, visual, mental e física, além das superdotadas e com altas habilidades. Estima-se que hoje existam cerca de 27 milhões de pessoas no Brasil com algum tipo de deficiência.

Várias instituições da rede federal já têm em seus cursos alunos portadores de deficiência, mas o programa pretende incentivar a criação de núcleos de atendimento às pessoas com necessidades educativas especiais em cada instituição. Tais núcleos serão encarregados de desenvolver ações de implantação do Tec Nep internamente, envolvendo sociólogos, psicólogos, supervisores e orientadores educacionais, técnicos administrativos, professores, alunos e pais.

Experiências – Os Cefets têm experiências bem-sucedidas no processo de ensino-aprendizagem de pessoas com deficiência. Por isso, fazem parte do projeto-piloto do Tec Nep. O Cefet de Belém, por exemplo, atende deficientes visuais; o de Florianópolis, deficientes auditivos; o de Belo Horizonte, deficientes físicos; o de Natal, portadores de deficiência mental.

“Nossas ações estão voltadas para inserir os portadores de deficiências no espaço educacional das instituições, mas garantindo o acesso, à permanência e à saída, com sucesso, desses jovens”, disse o coordenador do Tec Nep, Franklin Nascimento. Ele salientou o esforço dos técnicos do programa para conscientizar professores, técnicos administrativos e pais quanto à inserção saudável dos estudantes no universo da aprendizagem. “Nosso enfoque é mostrar que não se deve visualizar a deficiência, mas explorar o potencial dos alunos”, afirmou.

A professora Luzimar Camões Peixoto, que fez palestra em Natal, observa que a idéia não é formar pessoas simplesmente para aprender uma técnica, “mas formar um cidadão que saiba pensar, se expressar e se adequar naturalmente à sociedade e ao mundo do trabalho”.

Para a professora de língua portuguesa Leonor de Araújo Bezerra Oliveira, há 18 anos no Cefet-RN e há sete em uma escola da rede estadual, onde enfrenta a necessidade de atender pessoas com deficiência, o curso tem sido muito importante. “Como vamos inserir pessoas especiais na sociedade e no mundo do trabalho se não estivermos preparados?”, indagou. Para ela, o curso, além de sensibilizar a todos, orienta os professores a tomar decisões corretas.

Joalheria – O Centro Federal de Educação Tecnológica de Natal mantém um núcleo voltado para o atendimento de pessoas com deficiência. Coordenado pela geóloga Narla Sathler Musse, o núcleo prepara jovens para o trabalho de lapidação de pedras e de joalheria. Desde 1994, a professora já atendeu cerca de 60 alunos com deficiência. As aulas são ministradas em dois laboratórios montados em 1996 com recursos repassados pela Seesp.

O material de estudo e de trabalho é coletado pelos próprios alunos, sob a orientação e a supervisão de Narla, nas fontes minerais da região. Para 2005, seis alunos com deficiência se inscreveram para freqüentar o centro. Cinco têm deficiência auditiva e um, disfunção motora.

Repórter: Leandro Marshall

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