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Seminário discute alfabetização e letramento em Brasília

06/12/2004 

A conferência Infância: Cultura, Alfabetização e Letramento, de Sonia Kramer, especialista da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, abriu os trabalhos do Seminário Internacional de Alfabetização e Letramento na Infância, promovido pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). O evento, que está sendo realizado no Auditório da Embrapa, no Parque Estação Biológica, em Brasília, vai até a próxima quarta-feira, 8.

O seminário tem por objetivo criar mais oportunidade para conhecimento e debate sobre alfabetização e letramento de crianças até dez anos de idade. Dirigentes municipais e estaduais de educação, com outros especialistas da área do Brasil, Argentina, México, Chile e Espanha estão discutindo temas como cultura, avaliação do processo de alfabetização, políticas públicas para alfabetização e letramento, formação de professores, políticas para formação de leitores e avaliação de sistemas.

"A criança tem direitos: direito de ser criança; direito à cultura, entre elas a leitura e a escrita; direito de ter voz", afirma Kramer. Para ela, o processo de alfabetização implica que os sujeitos envolvidos, crianças e adultos, tenham voz.

Experiências – A especialista em metodologia do ensino, Sandra Denise Pargel, da rede municipal de Blumenau (SC), apresentou a experiência do projeto pedagógico Escola sem Fronteiras. Outra experiência apresentada, de autoria da professora Aurora Ferreira Vilalba, foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Educação de Aracajú (SE) e é intitulada Formação Continuada para os Professores do Primeiro Segmento do Ensino Fundamental.

Antônio Augusto Gomes Batista, diretor do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, foi um dos conferencistas a falar sobre Alfabetização e Letramento na Infância. Segundo ele, o analfabetismo e o fracasso escolar incidem em determinadas parcelas da população brasileira. “O fracasso na alfabetização escolar é maior entre as crianças que vivem em regiões que possuem piores indicadores sociais e econômicos, entre as crianças que trabalham e as crianças negras. O analfabetismo é parte de um problema maior, de natureza política: o da desigualdade social, o da injustiça social, o da exclusão social”, afirmou. A escritora Ana Maria Kaufman, professora da Universidade de Psicologia de Buenos Aires, Argentina, falou sobre o mesmo tema.

Participam do seminário representantes do Ministério da Cultura, da OEI, do Conselho Nacional de Educação, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Comissão de Educação do Congresso Nacional e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O encontro também conta com a participação de representantes de setores governamentais e não-governamentais, da sociedade civil brasileira e de países que realizam experiências relevantes sobre o assunto. O seminário prossegue nesta terça-feira, 7, com a apresentação de experiências educacionais promovidas nos estados do Maranhão e São Paulo e palestras de educadores nacionais e estrangeiros.

Repórter: Sonia Jacinto

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