No Brasil, dos 3.887.771 universitários, 576.305 estão nos cursos de administração. Preocupado com a qualidade e a grande expansão desses cursos, o ministro Tarso Genro assinou portaria hoje, 8, instituindo um grupo de trabalho que realizará estudos visando a consolidar os parâmetros de análises dos pedidos de autorização e de reconhecimento de novos cursos. Na área de direito, já foi instituído grupo de trabalho com objetivo semelhante.
O grupo, instalado hoje no MEC, tem representantes do próprio ministério, do Conselho Federal de Administração (CFA) e da Associação Nacional dos Cursos de Graduação e Administração. A equipe vai examinar o contexto institucional e a necessidade social, o projeto pedagógico, o corpo docente, as instalações gerais, como biblioteca e laboratórios, e o resultado das avaliações oficiais dos cursos de administração.
“Será um trabalho importante que ajudará a processar uma nova regulação dos cursos superiores, que se consolida com a reforma da educação superior”, observou o ministro Tarso Genro. De acordo com o Censo Escolar de 2003, existem hoje no Brasil 1.710 instituições que oferecem 2.920 cursos de administração. Só naquele ano, dos 528.102 formandos em universidades públicas e privadas, 64.792 eram de administração, número maior do que o de formandos em direito. Hoje no Brasil, de acordo com o Conselho Federal, existem 1.200.000 administradores, atuando em áreas empresariais, agronegócios, serviços de saúde, financeira, hospitalar e outras.
“Essa parceria possibilita que o Conselho Federal de Administração, responsável pelo exercício profissional, e o MEC, que cuida da autorização e qualidade dos cursos, desenvolvam estudos para que a expansão do ensino superior tenha como prioridade a qualidade, atendendo inclusive as demandas regionais”, explicou o presidente do CFA, Rui Otávio Bernardes de Andrade. Segundo ele, o Grupo de Trabalho vai interagir para que a qualidade do ensino seja compatível com as demandas da sociedade.
Repórter: Susan Faria
