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Mudanças na residência médica são debatidas em fórum nacional

09/12/2004 

A concentração de vagas e de bolsas para a residência médica nas regiões Sul e Sudeste, a carência no Norte e Nordeste, a necessidade de uma política educacional que privilegie um currículo humanista e de compromisso social, a avaliação e o reajuste das bolsas constituem parte dos temas tratados ontem, 8, e hoje, 9, no 1º Fórum Nacional de Residência Médica – Educação a Serviço da Saúde promovido pelos ministérios da Educação e da Saúde, em Brasília.

De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) do Ministério da Educação, Antônio Carlos Lopes, pela primeira vez reuniram-se representantes das 56 especialidades médicas, das 27 comissões estaduais de residência médica, a Associação dos Estudantes de Medicina e a Associação dos Médicos Residentes, o MEC e o Ministério da Saúde para um diálogo aberto sobre a realidade desse setor.

Entre os assuntos debatidos no fórum, o presidente da CNRM destacou a distribuição irregular de vagas e de bolsas para residência, o que provoca a concentração de especialistas em algumas áreas e ausência em outras. As populações mais prejudicadas com essas disparidades, disse, estão em municípios das regiões Norte e Nordeste. Entre as causas, está a falta de professores qualificados, daí por que a solução não é apenas aumentar as vagas nessas localidades, mas criar condições para ensinar.

Para enfrentar o problema, Antônio Carlos Lopes disse que a CNRM propõe criar uma residência-sanduíche para atender adequadamente o aluno que está no interior. Ele faria uma parte da residência numa instituição muito qualificada e depois voltaria para sua cidade onde completaria a formação e passaria a prestar assistência médica à sua comunidade. Essa proposta será discutida nas próximas plenárias da comissão, depois será formalizada e passará a valer a partir de uma resolução.

Avaliação – Outro tema que ocupou os debates foi o mercado de trabalho e a avaliação do médico residente. Antônio Carlos Lopes disse que hoje existem dificuldades para avaliar os programas porque as comissões estaduais de residência médica não têm recursos humanos e nem financeiros para custear essas tarefas. O presidente da CNRM considera que as comissões estaduais precisam de maior autonomia de gerência e de repasse de recursos para ampliar sua atuação. Para avaliar adequadamente os programas de residência, diz, será necessário que as sociedades das especialidades médicas se envolvam mais com suas áreas.

Currículo – Antônio Carlos Lopes defendeu no fórum a urgência de rever os currículos de todas as especialidades médicas para atender ao objetivo de formar um profissional humanista. “Nós queremos um médico com compromisso social, que tenha uma visão holística do doente, que mantenha uma relação médico-paciente adequada e que use a tecnologia de ponta no momento certo e não de forma indiscriminada como ocorre hoje.”  Ao formar o profissional com essa visão, o MEC quer que o médico trate o paciente como um ser humano, que vive dentro de um contexto social, que sofre influências do seu meio e que, diz o presidente da CNRM, muitas vezes, tem como causa da sua doença justamente o meio onde vive e trabalha.

Repórter: Ionice Lorenzoni

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