O Ministério da Educação estima que a criação de 11 instituições federais deverá oferecer 400 mil novas vagas no ensino superior. Pelo cronograma do MEC, três novas universidades e 11 campi entrarão em funcionamento já em 2005.
Serão criadas a Universidade Federal do ABC (São Paulo), Universidade Federal do Grande Dourados (Mato Grosso do Sul) e a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (Bahia). Expandirão a sua área de atuação: Universidade Federal do Acre, para a cidade de Cruzeiro do Sul; Universidade Federal da Bahia, em Vitória da Conquista; Universidade Federal do Paraná, no litoral do estado; Universidade Federal do Estado de São Paulo, em Santos; Universidade Federal de São Carlos, em Sorocaba; Universidade Federal Fluminense, em Volta Redonda; Consórcio de Instituições Federais, na Baixada Fluminense; e universidades Federal e Federal Rural de Pernambuco, em Garanhuns.
No Brasil, mais de 70% das vagas no ensino superior estão na rede privada. O Plano Nacional de Educação estabeleceu como meta que, em 2010, 30% dos jovens brasileiros com idade entre 18 e 24 anos estejam cursando a educação superior. Hoje, apenas 9% dessa população está na universidade.
A Secretaria de Ensino Superior (SESu/MEC) prevê para 2006 o ingresso de 20 mil alunos nas novas instituições e cerca de 200 mil novos estudantes em todas as universidades públicas federais.
Investimento – As dívidas das instituições públicas federais chegam ao montante de R$ 85 milhões, acumuladas desde 1997. Em julho deste ano, o MEC obteve a aprovação no Congresso para a liberação de R$ 76 milhões destinados a pagamentos de água, luz, telefone e outras manutenções. O titular da SESu, Nelson Maculan, acredita que em 2005 estas dívidas serão todas sanadas.
As 55 universidades federais já existentes terão no próximo ano um reforço de R$ 1,7 bilhão no seu orçamento, sendo R$ 1,389 bilhão para o reajuste de docentes e técnicos administrativos. Para o custeio das universidades, são R$ 260 milhões a mais do que em 2004.
Além disso, o governo federal negocia com os estados um acordo de abatimento de parte da dívida existente com a União, que deverá ser investida nas universidades estaduais.
Repórter: Sandro Santos
