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Cursos de cinema e audiovisual podem sofrer alterações

28/12/2004 

Os cursos superiores de cinema e audiovisual podem ganhar autonomia e ser desvinculados dos cursos de comunicação social. Até o dia 19 de janeiro, a Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) receberá propostas de novas diretrizes curriculares. Após a análise, elas serão encaminhadas à Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC) para aprovação.

A SESu criou uma comissão, presidida pelo diretor do Departamento de Política da Educação Superior, Godofredo de Oliveira Neto, para discutir o assunto. Algumas reuniões foram feitas com representantes do Fórum Brasileiro de Escolas de Cinema e Audiovisual (Forcine). “Novas diretrizes para os cursos de cinema e audiovisual estão incluídas na política da reforma universitária, que moderniza e propõe mudanças e avanços nas universidades”, comentou Godofredo.

Com a expansão do mercado de trabalho e das novas produções cinematográficas e de televisão no Brasil, há uma preocupação com as diretrizes curriculares daqueles cursos. “Além do crescimento do cinema brasileiro, há o fenômeno mundial da sociedade audiovisual. Vivemos na sociedade da imagem e do som, da informação e comunicação”, disse a presidente do Forcine, Maria Dora Mourão, professora da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP).

Formação – Na opinião de Maria Dora, as diretrizes curriculares dos cursos de cinema e audiovisual no Brasil estão voltadas, principalmente, para a comunicação social. “Há a necessidade de se vincularem, também, às artes”, disse. Para ela, como cinema e audiovisual são dinâmicos e agora se projetam para a internet e para a telefonia celular, as diretrizes precisam ser amplas e trazer coisas novas. Hoje, no Brasil, apenas o curso de cinema da USP é autônomo.

Maria Dora, no entanto, é contra a radicalização do debate. “Entendemos que as áreas de cinema e audiovisual, hoje, têm uma importância tão grande que não podem ficar submetidas à área de comunicação social, mas quem queira assim mantê-las deve ter essa liberdade”, afirmou. “O importante é que exista a possibilidade de fazer os cursos independentemente.”

Hoje, há interesse das universidades de criar cursos de graduação, pós-graduação e técnicos de cinema e audiovisual. As universidades particulares Gama Filho e Estácio de Sá, ambas do Rio de Janeiro, já os oferecem.

Cursos – Há cursos de cinema e audiovisual na USP, na Universidade Federal Fluminense, na Universidade de Brasília, na Universidade Federal de Minas Gerais e nas pontifícias universidades católicas do Rio e de Porto Alegre. O Forcine tem 15 escolas filiadas. Na década de 80, houve um movimento para a independência e modernização dos cursos de cinema e audiovisual no Brasil, mas só agora o MEC abriu espaço para debate do tema no governo.

Repórter: Susan Faria

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