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Brasil e Argentina fazem experiência de ensino comum

30/12/2004 

Um modelo de ensino comum em escolas de zonas de fronteira do Brasil com os países do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul) começará a ser adotado no próximo ano letivo. Inicialmente, participarão da experiência duas escolas brasileiras e duas argentinas. As brasileiras são a Escola Estadual Básica Theodureto de Faria Souto, de Dionísio Cerqueira, Santa Catarina, e a Escola Estadual de Ensino Fundamental Paso de los Libres, de Uruguaiana, Rio Grande do Sul.

Na Argentina, participarão do projeto a Escola Mayor Juan Carlos Leonetti, de Bernardo Irigoyen, província de Missiones, e a Escola Vicente Eladio Verón, de Paso de los Libres, província de Corrientes. A adoção do modelo ficou acertada durante a reunião comemorativa do décimo aniversário do Mercosul, este mês, em Ouro Preto (Minas Gerais). O projeto de integração já estava previsto em declaração conjunta assinada em junho deste ano pelo ministro da Educação, Tarso Genro, e pelo ministro da Educação, Ciência e Tecnologia da Argentina, Daniel Filmus.

O documento destaca a necessidade de um modelo de ensino comum em escolas de zonas de fronteira, a partir do desenvolvimento de um programa para a educação intercultural, com ênfase no ensino do português e do espanhol. Salienta, ainda, que a integração econômica e política no Mercosul deve estar apoiada em ampla integração educacional e cultural.

Na Carta del Calafate, assinada pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nestor Kirchner, em 17 de outubro de 2003, na Argentina, atribui-se à educação, à ciência e à tecnologia um papel central na estratégia de desenvolvimento, de superação da pobreza e de eqüidade social. “Vamos introduzir o ensino bilíngüe, programas e livros comuns naquelas escolas”, disse Diógenes Aguiar, assessor da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC). Aguiar reconhece que o carro-chefe do Mercosul é a economia, mas outros fatores, como etnias, cultura e língua são importantes. “Na fronteira, existe uma relação forte, um vínculo que pode impulsionar para dentro dos dois países avanços na educação”, comentou.

Seminário – Está previsto para fevereiro próximo, em Paso de Los Libres, um seminário com autoridades, professores e diretores das quatro escolas para impulsionar a integração. Em Mato Grosso do Sul, já existe uma experiência de integração. A Secretaria de Educação do estado tem escolas bilíngües (português-espanhol) e trilíngues (português-espanhol-guarani) em municípios de fronteira.

Repórter: Susan Faria

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